O que aprendi com a Paradai Chocolate? (Case Study & Storytelling: What I Learned Studying Paradai Chocolate)

 

Estudo de Caso e Storytelling: o que aprendi estudando a Paradai Chocolate

Por Juliana Recuero Ustra
Engenheira química, pesquisadora e fundadora da Expedição Cacau e Chocolate no Brasil

No dia 11 de agosto, na segunda aula da série "Elementos Narrativos de Marcas Premiadas", seguimos nossa jornada para entender por que certas marcas de chocolate conquistam — e mantêm — espaço de destaque no cenário internacional. Escolhi esta marca a partir da minha análise de recorrência de premiações internacionais para chocolate (saiba mais aqui no link:https://chocolatenobrasil.blogspot.com/2025/07/quando-o-chocolate-conta-uma.html . Neste caso, vi que ela tinha protagonismo por exemplo na categoria "micro-batelada intensos puros" no International Chocolate Awards. 

Depois de explorarmos o universo da Soma (leia aqui: https://chocolatenobrasil.blogspot.com/2025/07/o-que-aprendi-com-marca-soma.html), nossa imersão foi até a Tailândia para conhecer de perto (mesmo que virtualmente) a Paradai Chocolate — uma marca que tem transformado a percepção do chocolate bean to bar em seu país e no mundo, com um equilíbrio admirável entre design, narrativa e experiência.

Assim como aconteceu no meu primeiro clique no site da Soma Chocolatemaker, visitar o universo da Paradai foi um mergulho imediato em um território de marca coeso, sofisticado e carregado de intenções. Visitei todo o instagram da Paradai e analisei cada embalagem, cada ilustração e cada texto, e nada estava ali por acaso: há consistência, cuidado e um propósito narrativo claro.

Foi esse encontro que reforçou a importância da metodologia que desenvolvi — baseada em 14 pilares narrativos — e que serve de bússola para analisar e compreender como marcas conseguem criar não apenas produtos, mas verdadeiros ecossistemas de significado.

Uma marca que conta histórias visuais e sensoriais

Na Paradai, os elementos narrativos estão em todos os pontos de contato: do design impecável das lojas, das vitrines com bombons coloridos, impecavelmente organizadas aos rótulos que combinam em suas ilustrações: lendas, arquitetura, história e outros elementos culturais muito fortes; das fotos que misturam cultura, respeito e valorização de seu território e produto à presença digital que traduz modernidade sem perder a conexão artesanal.

A escolha do nome, por exemplo, que significa "amizade" em tailandês, já abre portas para um diálogo cultural profundo com suas origens tailandesas. Não é apenas um nome bonito — é um convite a descobrir mais sobre a identidade e a visão da marca.

Uma aula, muitos insights

Durante a aula, foi impossível não perceber como a Paradai consegue trabalhar Tradição e Inovação em perfeita harmonia — algo que é extremamente desafiador para marcas de chocolate em qualquer lugar do mundo.

Cada detalhe observado foi uma lição: como comunicar luxo sem afastar o consumidor curioso, como manter coerência e consistência em todos produtos que analisei.

Uma participante resumiu bem o impacto dessa aula:

“É impressionante como a Paradai conseguiu criar um universo visual tão consistente, lotado de cultura, e durante a aula os insights me fizeram revisitar projetos que temos para nossa própria marca. ”

Outro comentário destacou como o estudo de marcas internacionais amplia referências e desafia padrões pré-estabelecidos no Brasil — e eu concordo completamente. Observar a Paradai é, também, exercitar novas formas de pensar experiência, estética e posicionamento. Concordo!

Inspiração que atravessa fronteiras

Ao final, ficou claro para todos: a Paradai não está apenas vendendo chocolate. Está construindo um território cultural e emocional, no qual o design, a narrativa e o sabor trabalham juntos para criar uma experiência memorável.

Confesso que agora tenho um desejo enorme de entrar em uma das lojas da marca, sentir a atmosfera criada por eles e, claro, provar suas barras, seus bombons, sorvetes — para compreender, com todos os sentidos, o que aprendi no campo teórico.

E agora?

A série Estudos de Caso: Elementos Narrativos de Marcas Premiadas segue firme e com novas marcas e países na pauta. Acompanhe a agenda completa aqui no blog, no Instagram @chocolatenobrasil, no LinkedIn Juliana Recuero Ustra e na Comunidade Insights sobre o Mercado de Chocolates (link na bio do instagram).

Nos vemos na próxima aula — para mais descobertas, mais estratégias e mais inspiração para transformar marcas em experiências vivas.

Agende-se para a próxima: 

Juliana Recuero Ustra

12 Agosto, 2025.

Para eventos, mentorias e parcerias: chocolate@ustra.com.br

Siga: @chocolatenobrasil

Ouça a playlist da Expedição no Spotify:  Playlist Expedição Cacau e Chocolate do Brasil

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By Juliana Recuero Ustra
Chemical Engineer, researcher, and founder of Expedição Cacau e Chocolate no Brasil

On August 11, in the second class of the series “Narrative Elements of Award-Winning Brands”, we continued our journey to understand why certain chocolate brands manage to conquer — and maintain — a place of prominence on the international stage.

I chose this brand based on my analysis of the recurrence of international chocolate awards (learn more here: link). In this case, I saw that Paradai held a leading position, for example, in the “Micro-batch Plain/Origin Dark Chocolate” category at the International Chocolate Awards.

After exploring the universe of Soma (read here: link), our immersion took us to Thailand to get to know Paradai Chocolate up close (even if virtually) — a brand that has been transforming the perception of bean-to-bar chocolate in its country and around the world, striking an admirable balance between design, narrative, and experience.

Just as it happened when I first clicked on Soma Chocolatemaker’s website, visiting Paradai’s universe was an immediate dive into a cohesive, sophisticated brand territory full of intention. I explored their entire Instagram, analyzed each packaging design, each illustration, and every bit of copy — and nothing was there by accident. There was consistency, care, and a clear narrative purpose.

This encounter reinforced the importance of the methodology I developed — based on 14 narrative pillars — which serves as a compass to analyze and understand how brands can create not just products, but true ecosystems of meaning.

A Brand That Tells Visual and Sensory Stories

In Paradai, the narrative elements are present at every touchpoint: from the impeccable store design and window displays with colorful bonbons, flawlessly arranged, to labels whose illustrations bring together legends, architecture, history, and other strong cultural elements; from photos that merge culture, respect, and pride in their territory and product, to a digital presence that communicates modernity without losing its artisanal connection.

The choice of name, for instance — which means “friendship” in Thai — opens the door to a profound cultural dialogue with its origins. It’s not just a beautiful name — it’s an invitation to discover more about the brand’s identity and vision.

One Class, Many Insights

During the class, it was impossible not to notice how Paradai manages to work Tradition and Innovation in perfect harmony — something extremely challenging for chocolate brands anywhere in the world.

Every detail we observed was a lesson: how to communicate luxury without alienating the curious consumer, how to maintain coherence and consistency across all the products I analyzed.

One participant summed up the impact of the class perfectly:

“It’s impressive how Paradai has created such a visually consistent universe, full of culture, and during the class the insights made me revisit projects we have for our own brand.”

Another participant pointed out how studying international brands expands references and challenges pre-established standards in Brazil — and I completely agree. Observing Paradai is also an exercise in exploring new ways of thinking about experience, aesthetics, and positioning.

Inspiration Across Borders

In the end, it became clear to everyone: Paradai is not just selling chocolate. It’s building a cultural and emotional territory in which design, narrative, and flavor work together to create a memorable experience.

I must confess I now have a huge desire to walk into one of their stores, feel the atmosphere they’ve created, and of course, taste their bars, bonbons, and ice creams — to fully understand, with all my senses, what I learned in theory.

What’s Next?

The series Case Studies: Narrative Elements of Award-Winning Brands continues strong, with new brands and countries on the agenda. Follow the complete schedule here on the blog, on Instagram @chocolatenobrasil, on LinkedIn Juliana Recuero Ustra, and in the community Insights on the Chocolate Market (link in Instagram bio).

See you in the next class — for more discoveries, more strategies, and more inspiration to turn brands into living experiences.

Save the date for the next one:

Juliana Recuero Ustra
August 12, 2025

For events, mentoring, and partnerships: chocolate@ustra.com.br
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Listen to the Expedição playlist on Spotify: Playlist Expedição Cacau e Chocolate do Brasil