Chocolate brasileiro inicia uma viagem pelo Brasil - capítulo em Pelotas, RS

O Chocolate do Brasil, é protagonista aqui.

Personagem principal de ações gastronômicas, de eventos, de afetos, e agora de viagens pelo país, aproximando-se de cultura, história, brasilidade, gastronomia e do agronegócios, o e mais importante talvez, conectando-se às pessoas de cada território.

Uma janela para olhar o chocolate junto ao turismo brasileiro, em diversos destinos, provocando o consumo de chocolate em qualquer clima, espaço, momento...

Enfim chocolate "conversa" com muitos outros alimentos e bebidas, com espaços, com costumes...Chocolate é versátil sim e pode ser ainda mais, basta olhar com atenção...

Aproximações feitas de forma lúdica,  por meio de imagens deste em pontos turísticos, faz com que este alimento icônico e afetivo encontre novas possibilidades, novas perspectivas desta conexão alimento/território. 

Portanto, convido a descobrir novos destinos e novos espaços ao Chocolate do Brasil, pelo Brasil. 

Dei início a esta série em minha cidade natal, Pelotas, no sul do Rio Grande do Sul, junto à Lagoa dos Patos. Município com contribuição histórica potente ao Brasil, por conta de seu período das Charqueadas. Município com vocações cultural e gastronômica  vibrantes, arquitetura espetacular, bastante envolvida na economia do arroz brasileiro e é palco de uma tradição secular, a da confeitaria fina de Pelotas, tradicional e que ilustra a fusão de influências das etnias que aqui chegaram. 

Pelotas em números:

Considerado uma das capitais regionais do Brasil, sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 341 648 habitantes, sendo a quarta cidade mais populosa do estado.
Está localizado às margens do Canal São Gonçalo que liga as Lagoas dos Patos e a Mirim, as maiores do Brasil, no Rio Grande do Sul. Está no extremo sul do Brasil, ocupando uma área de 1 609 km² e com cerca de 92% da população total residindo na zona urbana do município. Pelotas está localizada a 261 quilômetros de Porto Alegre.
O município conta com cinco instituições de ensino superior, quatro grandes escolas técnicas, dois teatros, uma biblioteca pública, vinte e três museus, dois jornais de circulação diária, três emissoras de televisão, um aeroporto e um porto flúvio-lacustre localizado às margens do Canal São Gonçalo.







foto 1: Chocolate do Brasil junto ao Mercado Público de Pelotas

 Construído entre 1848 e 1853 em estilo eclético com predominância ao colonial- com torre de alvenaria, é um dos patrimônios culturais de Pelotas. Roberto Offer o idealizou e o construiu com formação de fortaleza, sem as quatro torres mas com portões nas esquinas, em estilo colonial português com uma torre central de alvenaria, vazada, ao centro do pátio, como um campanário. Vieira Pimenta foi o mentor da obra e Teodolino Fariña, proprietário de uma olaria, encarregado da mão-de-obra escrava.
    Foi na intendência de Cipriano Barcellos, no período de 1911-1914, que o mercado sofreu reformulação profunda em plantas e fachadas, ao eclético –art noveau, ar décot, com predominância do neoclásico. Nesta fase o prédio recebeu, além de mudanças de acesso, a torre do relógio e o farol de ferro, importados de Hamburgo (Alemanha) . A torre imita ou sugere a famosa Torre Eiffel. Do farol, que fazia base à estátua do deus Mercúrio, se emitia a luz de uma poderosa luminária rotativa. (fonte: www.vivaocharque.com.br indicando os livros: Fontes de pesquisa e maiores detalhes: Pelotas, casarões contam sua história – Vol. 5 – página 295, e Guardiões da memória de Zênia de Léon) 





foto 2: Chocolate brasileiro na Praça Coronel Pedro Osório


Um pouco da história A Praça faz parte do segundo loteamento da cidade de Pelotas, cujas terras pertenciam a dona Mariana Eufásia da Silveira, doadas a ela por ordem do governador Dom Diogo de Souza, em 1812. Dizem os historiadores que no local da nossa Praça principal havia um terreno com grandes árvores: pés de eucaliptos e bojudas palmeiras que tiravam a vista dos prédios circunvizinhos. O Intendente Dr. Cypriano Correa Barcellos dirigiu e executou, conjuntamente com o Dr. Cézar Campos, Jorge Schury, Carlos Bacchattini e o competente jardineiro Yata Saito, a substituição das árvores primitivas por arbustos e ramalhetes que começaram a florir com fragrância. Isso ocorreu entre os anos de 1911 e 1914. A princípio, a Praça era chamada de Campo, do Teatro, Regeneração, D. Pedro II, de novo Regeneraçao e, posteriormente, Praça da República, hoje, Praça Coronel Pedro Osório. Apresenta oito entradas, é bem arborizada e no ponto central está o chafariz "As Nereidas", importado da França, pela Companhia Hidráulica Pelotense, em 1873, juntamente com mais tres chafarizes, com a finalidade de ornamentar os jardins públicos e abastecer de água potável a populaçao do seu entorno. Foi montado por Charles Zanota em 1874 e sua criaçao foi do escultor frances A Durenne-Sonnevoire. Este chafariz substituiu o pelourinho, erguido em 7 de abril de 1832, como símbolo da autonomia do município, onde eram os delinqüentes e os criminosos, com aviltamento, amarrados e publicamente castigados com açoites e também era local de compra e venda de escravos. Existem muitos monumentos erguidos na Praça, inclusive um em homenagem ao homem que emprestou o seu nome a ela. Trata-se de um monumento de bronze, sobre um pedestal a base de granito, obra de Antônio Caringi. Outras obras merecem destaque na Praça, tais como: o monumento "As Tres Idades do Trabalho", "Monumento a Mãe" e "Monumento ao Dr. José Brusque", todas obras de Antônio Caringi. Consta, ainda, um "Relógio Solar", que contém em seu corpo especificaçoes da orientaçao solar em Pelotas, bem como sua latitude e longitude. Na Praça Coronel Pedro Osório estao plantadas espécies botânicas como: um pé de café (raro na regiao) devido ao clima e um exemplar de pau-brasil. Além disso, em seu entorno, pode-se encontrar o maior número de exemplares arquitetônicos construídos no período entre 1870 e 1930. Atualmente, a Praça passa por um processo de restauro, amparado pelo projeto Monumenta. (fonte: www.turismo.rs.gov.br)


Em 1832, no local onde hoje está localizada a Fonte das Nereidas, foi construído um pelourinho, que era onde os considerados infratores, em sua maioria negros escravizados, recebiam punição em chibatadas. O pelourinho era também um símbolo de independência administrativa. Nesta época, o local não era encarado como um jardim público frequentado pela população. Só a partir da segunda metade do século XIX é que os casarões do entorno começam a ser construídos e em 1873 o chafariz, importado da França pela Companhia Hidráulica Pelotense, foi instalado no lugar do pelourinho, a fim de ornamentar a cidade e abastecer a população do entorno com água potável. Na cidade de Edimburgo, na Escócia, há um chafariz idêntico à Fonte das Nereidas.(fonte: pelotas.rs.gov.br)

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